segunda-feira, 27 de abril de 2015

A Canção das Maracas

O uso das maracas nas cerimônias do Fogo Sagrado, associadas à sonorização dos sons fundamentais das vogais e consoantes associadas, tem demonstrado um poder de ativação dos ritmos internos dos participantes e de desbloquear conteúdos retidos no complexo biológico dessas pessoas. Ao cantar os sons essenciais e pulsar as maracas suavemente elas tem chegado a um estado de bem estar e relaxamento que proporcionam diversos insights que ocorrem na hora ou se processam em tempo posterior, segundo as informações que me passam. A luz e o calor do Fogo Sagrado se mesclam aos sons criando uma atmosfera de luz, som e movimento contínuos. Os encontros do Fogo Sagrado de Outono foram plenos de mergulhos interiores e muito bom para todos nós que estivemos presentes.



terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

MUSICOTERAPIA CIÊNCIA E ARTE






   A musicoterapia, como ciência e arte de cura, tem por objetivo promover o equilíbrio biopsicossocial, restaurando a saúde dos indivíduos ou prevenindo a instalação de doenças.
   A música, como arte de cura, perde-se nos tempos imemoriais da história humana. As tradições xamânicas de utilização do som com propósitos de cura remontam a 25.000 anos, aproximadamente, dentro de um sistema organizado e que foi utilizado no mundo todo, desde a Sibéria até a África e a América do Sul.
   Na antiga Grécia, a música era estruturada em um sofisticado sistema, com bases científicas, fundamentada na física e na matemática.  A filosofia médica de Hipócrates acreditava na medicina psicossomática e considerava as doenças como uma desarmonia do homem  face à sua própria natureza. Assim,  para o restabelecimento do equilíbrio perdido, a música, por ser ordem e harmonia, desempenhava tanto a função de provocar a depuração catártica das emoções, quanto a de enriquecer a mente e dominar as emoções através de melodias que levam ao êxtase.
  Findo o período da Antiguidade Clássica (cultura greco-romana), pela invasão dos bárbaros na Europa, o conhecimento permaneceu resguardado nos mosteiros e conventos da Igreja Católica Romana, que detendo o poder econômico e o poder de Estado, ditou as normas de conduta do povo e só permitiu o uso da música dentro das suas Igrejas e sob seu controle.
  A utilização da música como processo de cura foi retomado no início da Idade Moderna quando os turcos tomaram Constantinopla e dissolveram o último reduto de domínio da Igreja Romana e as pesquisas se aceleraram no mundo todo até o alvorecer do séc.XX,quando Freud inaugurou a era da Psicanálise e da predominância da palavra. O mundo científico e leigo assombrou-se com as descobertas de Freud, seu vocabulário passou ao senso comum e tudo que estava fora do contexto freudiano foi considerado como terapia alternativa.
  Contudo, na segunda metade do século XX, as graves conseqüências físicas, emocionais e psíquicas causadas aos egressos  da segunda Guerra Mundial impulsionaram as pesquisas sobre os efeitos da música no processo de cura. Nasceu, então, todo um plano científico de trabalho e a Musicoterapia emergiu como um novo ramo científico interdisciplinar e transdisciplinar, envolvendo inúmeras áreas do conhecimento humano, principalmente a neurologia, neurociência, física, neurobiologia, cardiologia e outras.
  Hoje, os musico terapeutas são profissionais formados pelas Faculdades de Musicoterapia ou especialistas preparados através dos cursos de pós-graduação e sua formação é ampla. Formação Acadêmica do Musicoterapeuta
  A formação do musicoterapeuta é complexa, porque ele transita permanentemente entre a arte e a ciência. Estando na ciência, ele cria um espaço que vai além da visão científica fazendo um engate com a arte para criar novas sensações. Estando na arte, apóia-se na ciência para explicar o quê, como e porque essas sensações foram criadas.
Faculdades de Musicoterapia
Bacharelado: 5anos
Estágio supervisionado na área escolhida
Grade curricular no Brasil, abrange 7 áreas, aproximadamente:

1.           Área médica – Anatomia, Fisiologia, Neurologia, Neurociência, neuromusicologia, Tecnologia médica, Psiquiatria.
2.           Área musical – Teoria musical, Música popular, Prática instrumental, Harmonia, Técnica Vocal, Percepção, Percussão, Prática de conjunto, Métodos de Educação Musical
3.           Área de sensibilização – Expressão corporal, dinâmica de grupo, Atividades criativas.
4.           Área de Psicologia – Teoria e técnicas psicoterápicas, Psicologia do desenvolvimento, da percepção e da personalidade, Psicopatologia.
5.           Áreas afins – Filosofia, Sociologia, Antropologia
6.           Áreas de vizinhança (transdisciplinariedade) – Fonoaudiologia, Fisioterapia, Psicomotricidade.
7.           Área de Musicoterapia – História da Musicoterapia, Teorias e Técnicas musicoterápicas, Musicoterapia aplicada, Patologias psiquiátricas, Distúrbios motores, Deficiências sensoriais, Idosos, Reabilitação, Distúrbios de aprendizagem etc. Instituições, Hospitais, Clínicas, Escolas, Empresas, Sociedades assistenciais, Música em Musicoterapia; vivências musicoterápicas para o musicoterapeuta desenvolver seus potenciais musicoterápicos. Pesquisa em Musicoterapia.

ÁREAS DE ATUAÇÃO

Didática :

            Musicoterapia do Desenvolvimento
            Musico-Psicoterapia Instrucional
            Musicoterapia na Educação Especial
            Musicoterapia para a adaptação escolar

Médica: 

Neste campo específico a Musicoterapia se ramifica nas diversas especialidades médicas que necessitam um trabalho terapêutico para apoio e reabilitação do paciente ou grupos de pacientes. Então temos: Musicoterapia geriátrica, obstétrica etc. Os settings típicos são hospitais, clínicas, centros de reabilitação, hospícios e asilos para idosos.

Cura:

Musicoterapia na Cura. É a utilização de frequências vibratórias ou de sons combinados com a música ou qualquer de seus elementos para induzir a cura.
Psicoterapia:
inclui todas as aplicações da música ou seus elementos em separado (som,melodia, harmonia, ritmo) para ajudar os clientes a encontrarem significação e satisfação em suas vidas. Pode ser aplicada individualmente e em grupos.

Recreação:

Terapia Lúdico-Musical
Ecológica:

            Musicoterapia Familiar
            Musicoterapia Organizacional
            Musicoterapia Comunitária

COMPREENDENDO A MUSICOTERAPIA

  O desenvolvimento científico-tecnológico da segunda metade do século XX permitiu à Musicoterapia elevar-se à categoria de ciência de primeira linha. As descobertas da neurociência, da neurologia, da psicologia, da fisiologia, da psicofísica, da física do som, da ciência musical e do aperfeiçoamento da tecnologia de ressonância comprovaram materialmente o que os sábios já sabiam há milênios: a abertura dos canais de cura através da música.
  A Musicoterapia é uma ciência que exige profundo conhecimento de cada área a ser atendida, pois ela detecta, avalia, diagnostica e promove o melhoramento e alterações no contexto em que estiver inserida, ao longo do tempo. Realmente ela exige tempo, porque ela se caracteriza por uma seqüência de experiências, uma progressão por etapas de engajamentos musicais que levam a um estado desejado. “Portanto, ter uma experiência musical terapêutica ou com poder transformador não é a mesma coisa que entrar em um processo de musicoterapia, independente de quaisquer semelhanças ou diferenças de profundidade, significação ou duração dos resultados.” (Bruscia)
  Então, uma experiência musical terapêutica pode representar apenas uma mudança de consciência, enquanto que um processo de musicoterapia representaria o estudo de todas as variáveis apresentadas pelo ou pelos indivíduos e à aplicação de técnicas apropriadas para cada variante apresentada.
  A musicoterapia define-se pelo seu próprio nome: aplicação da música: som, ritmo, melodia e harmonia, juntos ou separados com finalidades terapêuticas.
  Para compreender essa ciência é preciso saber como age a música no organismo.
  Os sons, quando chegam aos ouvidos, são convertidos em impulsos que percorrem os nervos auditivos até o tálamo, região do cérebro que é considerada a estação central das emoções, das sensações e dos sentimentos. Os impulsos provocados pela música no cérebro repercutem em todo o corpo e podem ser detectados pelas novas técnicas de escaneamento cerebral ou neuroimagem. 
  O ritmo musical influencia os padrões de sono e vigília, a respiração, os batimentos cardíacos, a circulação sanguínea e as secreções do sistema glandular. Ao analisar essas alterações fisiológicas, os especialistas conseguem desenvolver técnicas específicas para doenças físicas e mentais como também para gerar bem-estar.
  Vou incluir ainda a Musicoterapia Xamânica

domingo, 27 de janeiro de 2013

PALESTRA GRATUITA


SOBRE AS VOGAIS E CONSOANTES - Respondendo a Eduardo Luzurriaga

  




  As vogais são as cinco dimensões mãe. Elas contêm o poder magnético que cria a dimensão espacial do som ao espiralar pelo universo, começando com o som original U. O U é o som do Big Bang, do mundo, do Logos. As consoantes contêm o poder elétrico. Seus sons puros nos introduzem em um conceito de tempo mais humano (tempo relógio). Então, as vogais abrem espaço e as consoantes marcam o tempo e dependendo de suas combinações definem épocas específicas da evolução humana.
   A estrutura sonora de vogais e consoantes está imbricada na nossa mais profunda biologia, em nosso DNA, portanto em nossa memória celular.
  A somatória dos sons produzidos por consoantes + vogais estimulam o nosso sistema feminino/masculino, ou seja, todos os órgãos do corpo físico.
 As meditações sônicas contêm as memórias cósmicas do universo e as influências vibracionais das civilizações passadas, presentes e futuras.
Essa é uma ciência antiquíssima que atinge o nível profundo dos órgãos internos do corpo físico, através da ressonância com os cinco elementos da natureza.
   O trabalho contínuo com essa meditação desperta nossa multidimensionalidade.

   
                 
                SIGNIFICADO ENERGÉTICO DAS VOGAIS E CONSOANTES

- VOGAIS - 
(espaço aberto-poder magnético)

A – abertura / artístico / espaço sagrado

O – mental / memória cósmica

U - senso físico

É - discernimento absoluto

 I - totalidade de energia / concentração extrema


- CONSOANTES - 
(tempo e ritmo-poder elétrico)

N - Finaliza. Poder de encerrar uma ação

Y - apreciação e algo físico

L - uma direção

R - o mesmo, mais suave

M - continuidade da energia espiritual

K - primeira aparência da energia

GB - o mesmo, mais suave

S - reunião de energia de todas as direções

SHVFJZ - ZCH - TH (alguns são sons da língua inglesa) o mesmo, mais suave

T - explosão de energia

P e D - o mesmo, mais suave

H - abre espaço (som do R em português).


quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

COMUNICADO


Deixo anunciado aqui no blog que estarei abrindo dois grupos para trabalhar a Música das Esferas, ressonâncias cósmicas que envolvem o nosso cotidiano sonoro e que nós não percebemos. Os grupos deverão começar em janeiro de 2013 e encerrar em junho do mesmo ano (primeira etapa). Tomaremos conhecimento do Universo sônico e sua influência em nossas vidas e praticaremos entonações, harmônicos, respirações sonoras, respirações silenciosas, canções de todos os povos, saudação ao sol, à terra. Pincelaremos a história sonora dos povos e praticaremos a grande terapia de cantar em grupo. Abraços.


Feliz 2013 para todos!

VOLTANDO AO ASSUNTO...



Melodia.

  Melodia é o movimento dos tons expressando idéias e sentimentos. E no silêncio entre cada tom, no vácuo é que emerge a verdadeira música e o elemento puramente espiritual.
  Esse respirar entre cada tom é que possibilita à nossa alma entregar-se à vivência dos sentimentos que fluem das nossas profundezas. É como uma navegação sonora, através de contornos e formas definidas.
  Todas as melodias compostas seguem as mesmas regras de composição, da mesma forma que existem regras para escrever uma redação, mas... “Uma grande melodia é mágica-mágica por seu simples poder e mágica porque, de alguma forma, um cérebro a desenterrou do meio de zilhões de possíveis melodias ruins. Milhares de novas melodias são oferecidas ao público ouvinte todos os anos, mas pouquíssimas estimulam a nossa fantasia. Da mesma forma que todos podemos escrever uma boa redação, mas não temos condições de escrever um grande romance; a melodia também ser escrita dentro das regras composicionais, mas a sua grandiosidade pertence a uma dimensão que racionalmente não conseguimos alcançar, só pelo coração.