Como
necessitamos de um movimento cíclico e constante para vivenciarmos de forma
consciente o fluir do tempo, a música, reflexo de nós mesmos enquanto vivendo
neste espaço tempo planetário, se manifesta em ciclos, pulsos, entre pulsos,
compassos e suas subdivisões. Assim, cada música molda o tempo de modo
particular e imprime na alma humana uma experiência concreta de suas qualidades
rítmicas essenciais.
Vamos pensar da seguinte maneira: uma partitura musical como
um círculo virtual. Dentro desse circulo há ciclos e dentro dos ciclos pulsos
entre os pulsos o espaço onde os fenômenos musicais acontecem. Além desse
círculo é a eternidade que não conseguimos compreender, mas a música e suas
ressonâncias ultrapassam a linha virtual do círculo e se estende ao infinito.
Então, dentro de um espaço tempo delineado por nosso sistema cerebral é que
conseguimos perceber a música que está além desse espaço tempo e em toda a
creação.
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